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Discurso da Embaixadora Bettina Cadenbach na celebração do Dia da Unidade Alemã 2023
Discurso da Embaixadora Bettina Cadenbach na celebração do Dia da Unidade Alemã 2023, © © EDUARDO TADEU
Cumprimento Suas Excelências, autoridades aqui presentes, Prezados Colegas, Embaixadoras e Embaixadores, e representantes do Corpo Diplomático, Prezadas Convidadas, Prezados Convidados,
No mês passado, no dia 7 de setembro, o Brasil celebrou os 201 anos da sua Independência, em 1822. O Embaixador do Brasil, Sr. Jaguaribe, fez a gentileza de me convidar, para que eu pudesse ter um primeiro contato com a animada comunidade brasileira em Berlim.
No dia 8 de setembro, às 4 da manhã, fui para o aeroporto, rumo ao meu novo posto, Brasília.
Estou muito feliz em estar aqui!
Nosso feriado nacional, o Dia da Unidade Alemã, ainda não remete a um evento ocorrido há 200 anos, mas sim à Reunificação da Alemanha, há 33 anos. Um ano depois, ingressei no serviço diplomático. Nós, futuros diplomatas, já éramos de ambos os lados da Alemanha.
A Reunificação do nosso país em 1990, com paz e liberdade, foi possível porque, em 1989, caiu o Muro de Berlim, o símbolo da Guerra Fria e da divisão da Europa.
Nós dizemos: “O muro caiuˮ. Mas ele não caiu por conta própria. A Alemanha está reunificada hoje, como um país livre, porque cidadãos corajosos da antiga Alemanha Oriental e dos nossos países vizinhos, da Europa Central e do Leste Europeu, saíram às ruas por sua liberdade.
Mas a liberdade não surge por conta própria. É preciso sempre lutar por ela.
A democracia e o Estado de Direito também não são óbvios. Temos de lutar por eles. Ativamente. Não apenas em datas especiais, de celebração e homenagem.
As eleições aqui no Brasil em outubro de 2022 e a mudança democrática de governo em janeiro mostraram: a democracia do Brasil está viva e é forte. Porque o Estado de Direito também é forte no Brasil.
As instituições brasileiras – um presidente eleito democraticamente, um Congresso eleito democraticamente e uma Justiça que funciona – são tão fortes que superaram até mesmo o maior desafio da história recente do Brasil: os ataques contra essas mesmas instituições em 8 de janeiro.
O Brasil viveu a democracia e defendeu a democracia.
Devemos defender os valores que nos unem. Só podemos fazer isso juntos, e temos de fazê-lo, mesmo além das nossas fronteiras.
Nestes dias, todos nós estamos perplexos diante do que Israel está sofrendo. Imagens que mal conseguimos suportar.
Nada pode justificar o terror do Hamas. Israel tem o direito de se defender desse terror hediondo. A Alemanha permanece firmemente ao lado dos nossos amigos israelenses. A segurança de Israel é razão de Estado para a Alemanha, como destacou o Chanceler Scholz há poucos dias, em seu pronunciamento.
Nós também não nos esquecemos da guerra na Europa.
A Rússia rompeu deliberadamente com os princípios fundamentais da Carta das Nações Unidas e com a ordem de paz europeia.
Mas a Rússia subestimou a determinação da Ucrânia de defender a sua liberdade.
E subestimou a nossa determinação de apoiar a Ucrânia.
Não podemos aceitar um ataque a um país soberano!
A tentativa de deslocar fronteiras com poder militar não pode ter êxito – em nenhum lugar do mundo!
O terror e a guerra não vencerão!
Nós nos empenhamos – com os nossos amigos – pela paz e por uma ordem internacional baseada em regras.
E é por isso que a cooperação entre Estados democráticos é tão importante.
Estados como o Brasil e a Alemanha.
Desde a posse do Presidente Lula, as relações Brasil-Alemanha estão mais intensas do que nunca.
O Presidente Steinmeier esteve aqui em Brasília em 1° de janeiro para a posse de Lula, o Chanceler Scholz também esteve aqui no fim de janeiro.
E nada menos que sete ministras e ministros vieram ao Brasil desde então, incluindo a nossa Ministra das Relações Exteriores Baerbock, em junho.
Em 4 de dezembro de 2023, teremos Consultas Intergovernamentais em Berlim – pela primeira vez desde 2015.
Na ocasião, o Presidente Lula e grande parte da sua equipe ministerial irão à Alemanha. Estamos muito felizes por isso. A elaboração de um programa intensivo e inovador, sobre o qual queremos chegar a um consenso durante as Consultas Intergovernamentais, está a pleno vapor.
Para a Alemanha, o Brasil é e continuará sendo um importante parceiro estratégico.
Nossos países cooperam com êxito nas Nações Unidas. Estou feliz com a reeleição do Brasil para o Conselho de Direitos Humanos, no qual precisamos da importante voz brasileira. Parabéns!
E estou contente que o Conselho de Segurança da ONU tenha acabado de autorizar o envio de uma força internacional ao Haiti, desta vez sob a liderança do Quênia. Sei que o Brasil apoia muito essa missão da ONU, sobretudo porque o Brasil esteve particularmente engajado na Missão de Estabilização da ONU no Haiti, a MINUSTAH.
De suma importância é a rápida conclusão do Acordo Comercial entre o Mercosul e a UE!
Nós queremos esse Acordo – e nós precisamos desse Acordo. O Presidente Lula também quer o Acordo, pois ele sabe quão benéfico o Acordo também será ao Brasil.
É por isso que todos – ambos os lados – têm que fazer a sua parte para conduzirmos esse Acordo até a linha de chegada.
Caros convidados e convidadas,
Um dos principais desafios globais do nosso tempo é o combate às mudanças climáticas. Nesse campo, como na proteção florestal e na corrida contra a perda da natureza e da biodiversidade, a Alemanha coopera estreitamente com o Brasil.
Nossa Cooperação para o Desenvolvimento Sustentável estende-se às áreas que são cruciais para os nossos governos: proteção do clima e das florestas, energia e desenvolvimento urbano sustentável.
Há muitos anos, a Alemanha dedica-se a inúmeros projetos por meio de nossas instituições executoras, a Agência GIZ e o Banco KFW. Estamos ampliando ainda mais essa Cooperação.
Hoje, pagamos a primeira parte do valor recentemente prometido para o Fundo Amazônia: 20 milhões de euros. Dessa forma, ressaltamos: nós somos e permaneceremos parceiros confiáveis.
Para além da Região Amazônica, é uma grande satisfação ter agora a nossa mais nova parceria com o Instituto Terra, da família de Sebastião Salgado, fotógrafo mundialmente famoso. Juntos, vamos restaurar muitos hectares de floresta na região entre Minas Gerais e o Espírito Santo. Há muitos anos, investimos, oferecendo consultoria técnica e financiamentos, na expansão das energias renováveis, na energia solar, eólica e também no hidrogênio, bem como em cidades sustentáveis, resilientes ao clima e socialmente justas.
Afinal, é essencial que a proteção do clima no Brasil, na Alemanha e em todos os lugares, seja moldada de forma socialmente justa. Concordamos plenamente com o Brasil nesse ponto.
Vejam vocês mesmos! Quero convidar a todas e todos: mergulhem no nosso “Universo da Cooperação Sustentávelˮ, nas imagens vibrantes dos nossos projetos da GIZ e do KfW.
Caros convidados e convidadas,
Com o Brasil, nós também vamos celebrar um aniversário de 200 anos no próximo ano, um aniversário que une os nossos países: os 200 anos da imigração alemã para o Brasil.
Já em 1817, artesãos alemães e austríacos vieram para o Brasil, quando a Arquiduquesa austríaca Leopoldina – futura Imperatriz do Brasil – casou-se com o herdeiro do trono brasileiro e futuro Imperador Dom Pedro I.
E em 1823 – há exatos 200 anos –, o Governo brasileiro começou a incentivar a vinda de imigrantes alemães para o Brasil.
E com sucesso: em 1824, houve o primeiro fluxo de emigração da Alemanha rumo ao Brasil. Vindos principalmente da região do Hunsrück, do Sarre e do Palatinado, os imigrantes chegaram ao hoje Estado do Rio Grande do Sul.
Até hoje, o Sul do Brasil – sobretudo o Rio Grande do Sul e Santa Catarina – é marcado pela imigração alemã. Mas os imigrantes alemães foram atraídos também por muitos outros lugares do Brasil.
Estima-se que hoje quase 10% dos brasileiros sejam ao menos em parte descendentes de alemães.
Onde se poderia ver melhor do que aqui, nesta cidade, como eles contribuíram para este país?
Uma cidade cujos prédios foram projetados por Oscar Niemeyer, descendente de Konrad von Niemeyer, que emigrou de Hannover para Portugal. Uma cidade cujo paisagismo – aliás, também o jardim desta Residência – foi criado por Roberto Burle Marx. Seu pai, Wilhelm Marx, cresceu na bela cidade de Trier, na Renânia-Palatinado.
Nas grandes metrópoles econômicas do Brasil, empresas alemãs tradicionais se estabeleceram, entre elas, os patrocinadores desta noite.
Meus sinceros agradecimentos – por ordem alfabética – às empresas Bayer, BMW, Boehringer Ingelheim, Fresenius Medical Care, Mercedes-Benz do Brasil, Mercedes-Benz Cars & Vans, Merck, Siemens, Volkswagen do Brasil e Volkswagen Caminhões e Ônibus. São, todas, empresas de renome mundial.
Hoje, quero divulgar também o recrutamento de profissionais qualificados brasileiros para a Alemanha, incentivado por nosso Governo federal.
Temos, por exemplo, falta de profissionais de enfermagem. Ao mesmo tempo, nem todos aqueles que têm boa formação profissional no Brasil – por exemplo, na área de enfermagem – conseguem um emprego aqui. Temos uma chance de acrescentar mais esse capítulo às nossas relações bilaterais.
Muito obrigada!
Discurso em alemão / Rede auf Deutsch:
Im vergangenen Monat, genau am 7. September hat Brasilien den 201. Jahrestag seiner Unabhängigkeit 1822. Botschafter Jaguaribe hatte mich freundlicherweise eingeladen, so dass ich mir ein erstes Bild der lebendigen brasilianischen Gemeinde in Berlin machen konnte.
Am 08. September morgens früh um 04.00 Uhr bin ich zum Flughafen aufgebrochen, zu meinem neuen Dienstort Brasilia.
Ich freue mich sehr, hier zu sein!
Unser Nationalfeiertag, der Tag der Deutschen Einheit, geht noch nicht auf ein 200 Jahre zurückliegendes Ereignis zurück. Sondern auf die Wiedervereinigung Deutschlands vor 33 Jahren. Ein Jahr später bin ich in den diplomatischen Dienst eingetreten. Und wir angehenden Diplomaten kamen schon aus beiden Teilen Deutschlands.
Die Wiedervereinigung unseres Landes in Frieden und Freiheit 1990 wurde möglich, weil 1989 die Berliner Mauer fiel, das Symbol des kalten Kriegs und der Teilung Europas.
Wir sagen: „Die Mauer fiel“. Aber sie fiel nicht von selbst. Deutschland ist heute wiedervereinigt und ein freies Land, weil mutige Menschen im damaligen Ostdeutschland und in unseren Nachbarländern in Mittel- und Osteuropa für ihre Freiheit auf die Straße gegangen sind.
Freiheit ist aber nicht von selbst da. Man muss sich immer wieder für sie engagieren.
Auch Demokratie und Rechtsstaat sind nicht selbstverständlich. Wir müssen uns dafür engagieren. Aktiv. Nicht nur an besonderen Feier- und Gedenktagen.
Die Wahlen hier in Brasilien im vergangenen Oktober und der demokratische Regierungswechsel im Januar haben gezeigt: Brasiliens Demokratie lebt und ist stark. Auch weil Brasiliens Rechtsstaat stark ist.
Brasiliens Institutionen – ein demokratisch gewählter Präsident, ein demokratisch gewähltes Parlament und eine funktionierende Justiz – sind so stark, dass sie auch die größte Herausforderung der jüngeren brasilianischen Geschichte bewältigt haben: Die Angriffe auf eben diese Institutionen vom 8. Januar.
Brasilien hat Demokratie gelebt und die Demokratie verteidigt.
Wir müssen die Werte, die uns verbinden, verteidigen. Das können wir nur gemeinsam, und wir müssen es tun, auch über unsere Grenzen hinaus.
Wir alle stehen in diesen Tagen fassungslos vor dem, was Israel erleiden muss. Die Bilder sind kaum zu ertragen.
Der Terror der Hamas ist durch nichts zu rechtfertigen. Israel hat das Recht, sich gegen diesen furchtbaren Terror zu verteidigen. Deutschland steht dabei fest an der Seite unserer israelischen Freunde. Israels Sicherheit ist deutsche Staatsräson. Das hat Bundeskanzler Scholz vor wenigen Tagen in seiner Regierungserklärung betont.
Wir vergessen auch nicht den Krieg in Europa.
Russland hat voller Absicht mit den Grundprinzipien der Charta der Vereinten Nationen und der europäischen Friedensordnung gebrochen.
Aber es hat die Entschlossenheit der Ukraine unterschätzt, ihre Freiheit zu verteidigen.
Und es hat unsere Entschlossenheit unterschätzt, der Ukraine beizustehen.
Wir dürfen einen Überfall auf ein souveränes Land nicht hinnehmen!
Der Versuch, mit militärischer Gewalt Grenzen zu verschieben, darf nicht erfolgreich sein – nirgendwo auf der Welt!
Terror und Krieg werden nicht gewinnen!
Wir treten – gemeinsam mit unseren Freunden – für Frieden und eine regelbasierte internationale Ordnung ein.
Und deshalb ist die Zusammenarbeit zwischen demokratischen Staaten so wichtig.
Staaten wie Brasilien und Deutschland.
Seit dem Amtsantritt von Präsident Lula sind die Beziehungen zwischen Brasilien und Deutschland so intensiv wie nie.
Bundespräsident Steinmeier war zu Lulas Amtsantritt am 1. Januar hier in Brasilia, Bundeskanzler Scholz Ende Januar.
Und insgesamt sieben Ministerinnen und Minister waren seither hier, im Juni auch Außenministerin Baerbock.
Am 4. Dezember 2023 werden wir in Berlin bilaterale Regierungskonsultationen abhalten – zum ersten Mal wieder seit 2015.
Dafür werden Präsident Lula und ein großer Teil seines Kabinetts nach Deutschland kommen. Darüber freuen wir uns sehr. Die Vorbereitungen für ein intensives, zukunftsweisendes Programm, auf das wir uns während der Regierungskonsultationen gemeinsam einigen wollen, laufen auf Hochtouren.
Brasilien ist und bleibt für Deutschland ein wichtiger strategischer Partner.
Unsere Länder arbeiten erfolgreich in den Vereinten Nationen zusammen. Ich freue mich, dass Brasilien gerade wieder in den Menschenrechtsrat gewählt wurde, wo wir die wichtige Stimme Brasiliens brauchen. Herzlichen Glückwunsch!
Und ich bin froh, dass der Sicherheitsrat der Vereinten Nationen gerade die Entsendung einer multinationalen Eingreiftruppe nach Haiti gebilligt hat, diesmal unter der Führung Kenias. Ich weiß, dass Brasilien diese VN Mission sehr unterstützt, nicht zuletzt weil Brasilien der VN Stabilisierungsmission MINUSTAH in Haiti besonders verbunden war.
Sehr wichtig ist der rasche Abschluss des Handelsabkommens zwischen dem Mercosul und der EU!
Wir wollen - und wir brauchen – dieses Abkommen. Auch Präsident Lula will das Abkommen, weil er weiß, wie sehr das Abkommen auch Brasilien nützt.
Deshalb müssen– beide Seiten – jetzt ihren Anteil leisten, damit wir dieses Abkommen über die Ziellinie bringen.
Liebe Gäste
Eine der zentralen, globalen Herausforderungen unserer Zeit ist die Bewältigung des Klimawandels. Hier, ebenso wie beim Waldschutz und dem Wettlauf gegen den Verlust von Natur und Artenvielfalt arbeitet Deutschland eng mit Brasilien zusammen.
Unsere Zusammenarbeit für nachhaltige Entwicklung erstreckt sich auf die für unsere beiden Regierungen zentralen Bereiche Klima- und Waldschutz, Energie, und nachhaltige Stadtentwicklung.
Seit vielen Jahren ist Deutschland mit unseren Durchführungorganisationen GIZ und KFW in zahlreichen Projekten engagiert. Wir bauen diese Zusammenarbeit weiter aus:
Heute zahlen wir die erste Tranche unserer jüngsten Zusage für den Amazonienfonds aus: 20 Mio. EUR. Damit unterstreichen wir: Wir sind und bleiben verlässliche Partner.
Über die Amazonasregion hinaus freuen wir uns über unsere jüngste Partnerschaft mit dem Instituto Terra der Familie des weltberühmten Fotografen Sebastião Salgado. Gemeinsam werden wir viele Hektar Wald in der Grenzregion Minas Gerais / Espirito Santo wiederherstellen. Seit vielen Jahren investieren wir mit technischer Beratung und Finanzierungin den Ausbau von erneuerbaren Energien Solar, Wind und auch Wasserstoff sowie in klimaresiliente und sozial gerechte, nachhaltige Städte.
Denn zentral ist, das Klimaschutz in Brasilien, in Deutschland und überall sozial gerecht ausgestaltet sein muss. Wir sind uns hier mit Brasilien vollkommen einig.
Bitte überzeugen Sie sich selbst! Ich lade Sie ein. Tauchen Sie ein in unseren „Raum für nachhaltige Zusammenarbeit“ mit lebendigen Impressionen aus unseren GIZ und KfW Projekten.
Liebe Gäste
Gemeinsam mit Brasilien können wir nächstes Jahr auch ein 200-jähriges Jubiläum feiern, eines, das unsere beiden Länder verbindet: 200 Jahre deutsche Einwanderung nach Brasilien.
Schon 1817, als die österreichische Erzherzogin Leopoldine – die spätere Kaiserin von Brasilien - den brasilianischen Thronfolger und späteren Kaiser Dom Pedro I heiratete, kamen mit ihr deutsche und österreichische Handwerker nach Brasilien.
Und 1823 – vor genau 200 Jahren - begann die brasilianische Regierung, in Deutschland Einwanderer anzuwerben.
Sie war erfolgreich: 1824 gab es die erste Auswanderungswelle aus Deutschland nach Brasilien. Vor allem Menschen aus dem Hunsrück, dem Saarland und der Pfalz kamen in den heutigen Bundesstaat Rio Grande do Sul.
Bis heute ist der Süden Brasiliens – vor allem Rio Grande do Sul und Santa Catarina – durch die deutsche Einwanderung geprägt. Aber deutsche Einwanderer zog es an viele Orte Brasiliens.
Man nimmt an, dass heute knapp 10% der Menschen in Brasilien zumindest zum Teil deutsche Vorfahren haben.
Wo könnte man besser sehen, was diese zu diesem Land beigesteuert haben, als hier in dieser Stadt?
Deren Gebäude von Oscar Niemeyer entworfen wurden, dessen Vorfahr Konrad von Niemeyer von Hannover nach Portugal auswanderte. Und deren Landschaftsarchitektur – übrigens auch der Garten dieser Residenz – von Roberto Burle Marx stammt, dessen Vater Wilhelm Marx in der schönen rheinlandpfälzischen Stadt Trier groß wurde.
In den großen Wirtschaftsmetropolen Brasiliens haben sich dann traditionsreiche deutsche Unternehmen angesiedelt, unter ihnen die Sponsoren des heutigen Abends.
Ich danke ganz herzlich – in alphabetischer Reihenfolge – den Firmen Bayer, BMW, Boehringer Ingelheim, Fresenius Medical Care, Mercedes-Benz do Brasil, Mercedes-Benz Cars & Vans, Merck, Siemens, Volkswagen do Brasil e Volkswagen Caminhões e Ônibus. Alles Firmen von Weltruf.
Heute werbe ich auch für die Zuwanderung qualifizierter brasilianischer Arbeitskräfte nach Deutschland. Die Bundesregierung fördert diese Zuwanderung.
Bei uns herrscht zum Beispiel ein Mangel an Pflegepersonal. Gleichzeitig finden nicht alle, die in Brasilien – z.B. in Pflegeberufen – gut ausgebildet sind, hier auch eine Anstellung. Wir können unseren bilateralen Beziehungen ein weiteres Kapitel hinzufügen.
Herzlichen Dank.