Representantes políticos e de organizações internacionais e especialistas em segurança climática participarão do fórum internacional que promove o diálogo entre especialistas que trabalham para lidar melhor com os impactos da mudança climática no âmbito da paz e da segurança internacional por meio de abordagens diplomáticas, de desenvolvimento e de defesa.

"A crise climática é a maior ameaça à segurança enfrentada pela comunidade internacional no século XXI. É por isso que o Ministério das Relações Exteriores está fazendo do clima e da segurança uma preocupação central de sua nova diplomacia climática", analisou a Ministra das Relações Exteriores da Alemanha, Annalena Baerbock, durante a abertura do evento.

A ministra defendeu a importância de duas prioridades para o trabalho conjunto: "Primeiro, reduzir as emissões e tornar a meta de 1,5 grau alcançável - porque cada décimo de grau menos de aquecimento global significa menos tempestades severas, enchentes e secas, e, portanto, mais segurança. Em segundo lugar, nossa ação pelo clima e segurança segue um princípio orientador: solidariedade - não por caridade, mas porque se trata de justiça. Os países e regiões que hoje mais sofrem com a crise climática são os que historicamente menos contribuíram para o aquecimento global", ressaltou.

No primeiro dia do evento, o governo federal anunciou que pretende instalar painéis solares nos campos de refugiados em Sahel para tornar a energia mais verde e segura para até 3,5 milhões de pessoas. Além disso, a conferência fará um balanço da agenda de ação estabelecida na Declaração sobre Clima, Meio Ambiente, Paz e Segurança e lançará a Iniciativa Clima, Meio Ambiente, Paz e Segurança, endossada pelos Ministros das Relações Exteriores do G7 em maio de 2022.