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Embaixador da Alemanha recebe indígenas do Povo Karipuna

Visita Indígenas Karipuna

Visita Indígenas Karipuna, © Botschaft Brasília

21.09.2022 - Artigo

Grupo está em Brasília onde participa de série de reuniões com representantes de entidades brasileiras e internacionais

Indígenas da Terra Indígena (TI) Karipuna, de Rondônia, acompanhados pelo bispo de Porto Velho, Dom Roque Paloschi, estiveram na Embaixada da Alemanha nessa terça-feira (20/9) onde foram recebidos pelo Embaixador Heiko Thoms. Os indígenas relataram a grave situação em seu território ameaçado pela grande quantidade de grileiros e madeireiros atuando ilegalmente na região.

“Viemos aqui pedir ajuda, socorro. Faz sete anos que estamos lutando contra as invasões em nossa terra, e elas só aumentam”, denunciou o cacique André Karipuna.

Com uma população reduzida, o cerco por invasores é, para este povo, uma ameaça concreta, imediata e existencial.

"A proteção dos direitos humanos e dos direitos das indígenas é uma preocupação particular do governo alemão. A Alemanha não apenas ratificou todas as convenções relevantes de direitos humanos das Nações Unidas, mas também aderiu à Convenção 169 da OIT para a proteção dos povos indígenas e tradicionais no ano passado", ressaltou o Embaixador.

Para Thoms o exemplo dos Karipuna mostra que não basta demarcar territórios indígenas se esses territórios não estiverem protegidos de invasores. "Embora o cacique, André Karipuna, tenha denunciado a extração ilegal de madeira no território indígena às autoridades brasileiras e também internacionalmente, uma vista aérea mostra o quanto as terras estão ameaçadas de todos os lados". 

Durante o encontro, Katika, uma das sobreviventes do contato que, na década de 1970, quase dizimou os Karipuna, também expressou ao Embaixador a sua preocupação com o futuro dos indígenas. “Estamos cercados por madeireiros, fazendeiros, grileiros e pescadores", afirmou. 

“Estamos aqui para pedir socorro, nos preocupamos também com nossos netos. O que eles vão comer, como vão viver?”, questionou Aripã, outro indígena sobrevivente do contato.

Também participaram do encontro representantes da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) e do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), que entregou à Embaixada uma cópia do relatório Violência Contra os Povos Indígenas no Brasil – dados de 2021. 

 

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