Entre os dias 17 e 18 de julho, chefes de Estado e de Governo da União Europeia se reuniram com seus colegas dos 33 países da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC). 

O encontro, que aconteceu em Bruxelas, teve por objetivo renovar e reforçar as relações entre ambas as regiões. Para isso, foram abordados temas como comércio, pesquisa e educação, segurança e combate às mudanças climáticas.

Cooperação na luta contra as mudanças climáticas e relações econômicas resilientes

A UE e os países da América Latina e do Caribe querem cooperar nas questões de mudança climática, biodiversidade e mudança tecnológica. Especialmente na política de comércio internacional, "um novo olhar" poderia ser desenvolvido: As relações comerciais e econômicas devem se tornar mais resistentes, disse Scholz após a cúpula. A produção de fertilizantes deve ser estendida a outros países. No futuro, pelo menos o primeiro estágio de processamento na extração de matérias-primas deve ocorrer nos países onde os materiais são extraídos. O objetivo é gerar riqueza de uma forma que melhore as condições de vida da população local e cause o mínimo possível de danos ao meio ambiente. De acordo com o chanceler, esse é "um passo moderno, que também traz vantagens para todos os envolvidos".

Conclusão da Agenda de Investimentos do Global Gateway

Outro sucesso é a conclusão da Agenda de Investimentos do Global Gateway. A agenda inclui mais de 130 projetos sustentáveis e equitativos, por exemplo, para produzir hidrogênio verde, renovar redes de eletricidade ou expandir a conectividade digital. Nesse contexto, as instituições da UE e os Estados-Membros da UE investirão mais de 45 bilhões de euros na América Latina e no Caribe até 2027. A agenda oferece uma boa base para novos diálogos com parceiros da América Latina e do Caribe.

A guerra de agressão russa tem repercussões em todo o mundo

"A Rússia invadiu a Ucrânia", disse Scholz antes do início da cúpula. Essa guerra de agressão tem "repercussões para o mundo todo" - muitos países sul-americanos também estão sofrendo com preços mais altos ou problemas de segurança alimentar, por exemplo. 

O fato de a Rússia não querer estender o acordo sobre o fornecimento de grãos através do Mar Negro "é uma mensagem ruim", disse o chanceler. Essa ação mostra "que a Rússia não se sente responsável pela boa convivência no mundo". A Rússia está mostrando cada vez mais que tem um "interesse imperial por sua guerra, que todo o resto são narrativas que não são verdadeiras e que a Rússia não está se defendendo de nada, mas que a Rússia simplesmente invadiu seu vizinho", disse o chanceler.