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Declaração da Ministra das Relações Externas da Alemanha antes de sua viagem ao Brasil

RJ, Brasilien

RJ, Brasilien, © Colourbox.de

04.06.2023 - Artigo

A viagem ao Brasil é o início de uma turnê latino-americana que será realizada pela Ministra até o dia 10 de junho. Além do Brasil, Baerbock viajará à Colômbia e ao Panamá.

Declaração da Ministra das Relações Externas da Alemanha, Annalena Baerbock, antes de partir para visita ao Brasil, Colômbia e Panamá (04.06.):

Mesmo um oceano inteiro não consegue nos separar, porque a América Latina e a Europa são parceiros naturais. Estamos unidos por uma infinidade de laços: nós vivemos em democracias, somos culturalmente próximos e lutamos por um sistema internacional baseado em regras e nos direitos humanos. Isso é válido tanto para a Colômbia e o Panamá como para o Brasil – nosso parceiro estratégico e próximo presidente do G20. O novo governo sob o Presidente Lula quer empenhar a forte voz do Brasil na solução dos desafios globais mais prementes. Nesse sentido, estamos unidos pela firme convicção de que só pode haver prosperidade se houver liberdade e paz – ainda que, como recentemente na guerra de agressão da Rússia contra a Ucrânia, tenhamos pontos de vista diferentes.  

Raras vezes antes, nossos interesses econômicos e ambientais estiveram tão estreitamente entrelaçados. Sem a América Latina, não conseguiremos frear a crise climática. Na Amazônia, a cada minuto uma área da floresta tropical equivalente a três campos de futebol consome-se em chamas ou tomba pela ação das motosserras. Isso afeta todos nós. Se as árvores continuarem a cair, todo o ecossistema ruirá. Por essa razão, compartilhamos as ambições do Governo brasileiro de oferecer perspectivas econômicas aos habitantes próximos à floresta – não contra a floresta, mas com ela. O potencial verde do Brasil é enorme: hoje, o Brasil já produz quase 90% da sua energia elétrica de fontes renováveis, o hidrogênio verde tem um grande futuro em vastas regiões do continente.

Os gigantes dos mares que atravessam a estreita passagem do Canal do Panamá nos lembram o que a América Latina também é: um gigante em potencial da economia global. Cadeias de abastecimento seguras, energias verdes, menor dependência em relação às matérias-primas – desde a guerra de agressão da Rússia contra a Ucrânia, estamos reordenando os fios da nossa interligação global em ritmo acelerado. Queremos tecer uma rede densa e sustentável também através do Atlântico. Para isso, o Acordo de Livre Comércio com as nações do Mercosul seria um grande passo à frente. Se nós o elaborarmos de forma sustentável e protegermos efetivamente a floresta tropical, ele estabelecerá as regras e os incentivos necessários para que as nossas regiões se tornem pioneiras da transformação verde e social. 

Ao nosso mercado de trabalho, a América Latina já chegou há muito tempo. Profissionais de enfermagem brasileiros e eletricistas colombianos já são recebidos de braços abertos na Alemanha. Queremos ampliar essa parceria. Como Governo federal, nós nos propusemos a reposicionar a política de imigração, pois nossa economia precisa urgentemente de mais profissionais  qualificados. Vou divulgar isso no Brasil com meu colega de governo, o Ministro do Trabalho, Hubertus Heil.

 

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